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Exercício árduo: autovalorização.


Quando uma pessoa se impõe, a tendência dos outros à sua volta é respeitá-la, a ponto de terem receio de se manifestarem e levarem um fora ou uma bronca.

Por outro lado, quando uma pessoa se dá muito, oferecendo-se para ajudar, preocupando-se em estar sempre presente, etc., as pessoas sentem que ela não tem autoridade, que ela não se valoriza, que ela se dá muito porque tem medo de perder a consideração dos outros, de não receber a sua atenção, de ser desprezada, de deixarem de lhe dar atenção...

Daí, a tendência é as pessoas desprezarem-na mesmo, pois sentem que ela é fraca, e, por isso, não vai retribuir com fora, com bronca; então, isso as fortalece e se sentem superiores a ela, e elas montam, fazem dela gato e sapato, aproveitam-se da sua boa vontade que é fruto dessa sua própria insegurança que todos de seu convívio percebem e já sabem que ela é assim.

As pessoas não vão mexer com quem sabem que vai lhe responder à altura, mas sempre vão mexer com quem sabem que não vai lhe responder à altura. Às vezes, agem assim por medo de serem rejeitadas, medo dos outros ficarem chateados com elas, uma necessidade de serem reconhecidas como boas, o medo de não perceberem o quão boas elas são... Eis o segredo. Eis a revelação.

Não devemos nos sujeitar a pessoas que sentem prazer em se aproveitar da nossa fraqueza nem nos rebaixarmos para que os outros percebam nossa superioridade, nosso valor, nossa importância; dar a face para eles baterem a fim de que vejam que somos bonzinhos — dar a outra face não é isso!!! Dar a outra face não é alimentar os erros alheios. Se nos amam, se nos querem, ótimo! Se não, ótimo também. Não se martirizar por essas coisinhas.

Para receber amor e respeito das pessoas e ser valorizada em resposta ao reconhecimento delas é necessário que primeiro a pessoa se ame e se respeite a si própria, e isso significa que nem sempre aceitará comportamentos indevidos e reações ofensivas ou de desrespeito. É preciso que a pessoa se valorize primeiro, que ela reconheça seu próprio valor, e nunca admita que outros abusem da sua boa vontade, assim como da sua bondade, que, sendo percebida ou não, a sua bondade e a sua boa vontade existem e ela tem plena consciência disso, e isso é o que importa, mesmo que os outros não percebam isso.

É preciso ter coragem e dar um basta nos abusados, assim como é totalmente necessário agir com autoridade, sem medo, com a certeza do grande valor que a pessoa tem e do quão especial ela é. É preciso se conscientizar de que se você pode doar e se doar o outro também pode.

Se não impuser respeito com autoridade e coragem, nunca o terá. Não se rebaixe, não se abaixe. Levante-se e preserve a sua dignidade. Não se permita você mesmo mostrar sua nudez. Cubra a sua nudez; não espere que os outros o façam por você.

Nem tudo o que aparece demais é bonito de se ver, pois, muitas vezes, o que aparece demais mostra o que não deve. Cuidado com você mesmo!

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