ABUSADOS!
Afastar-se como sinônimo de se precaver contra o mal iminente
Cuidando que a devoção “do outro” a Deus seja causa de ganho para si — quando se aproveitam da boa vontade do cristão que não quer sair da graça por causa dos erros e pecados alheios.
Há pessoas que se aproveitam do outro ser cristão e abusam da sua cristandade, i.e., abusam do seu esforço em exercitar o fruto do espírito (Gl 5:22) em meio a toda adversidade que enfrenta por causa delas: abusam da sua boa vontade em perdoar, sabendo que cometem erros e serão perdoadas; fazem do cristão gato e sapato porque sabem que ele luta para não sair da graça; aproveitam-se da sua postura cristã e compromisso com Deus de não querer envergonhar o nome de Jesus quando alguma situação o impulsionaria a causar algum escândalo, mesmo que em defesa própria, sabendo que por causa disso se manterá calado e inerte ao problema.
“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que andar desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu” (2 Ts 3:6).
“Contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais” (1 Tm 6:5).
Há, portanto, uma necessidade de afastamento. Como? Perseverando na oração, livre de contaminação pela aproximação devido à emoção que afasta da razão.
Ou seja, manter a proximidade com a responsabilidade do autocuidado até que o mal acabe e sempre.
Paciência. Longanimidade. Benignidade. Tudo mediante o Domínio próprio.
Não que seja o caso de abandonar, deixar de lado, mas entregar a situação nas mãos de Deus. Isso não é acomodação diante do problema, mas a convicção de que só o Espírito Santo pode convencer o errante pecador de seus erros e pecados.
Afastar-se do pecador não significa deixar de orar pela sua libertação; antes, significa ter o cuidado para que não se contamine pelo seu pecado como sair da graça e escandalizar em defesa de si mesmo, agir como tolo que pensa estar seguro porque está com a razão e se encoleriza a ponto de fazer coisas que acabarão prejudicando a si mesmo:
“Quem tem juízo toma cuidado a fim de não se meter em dificuldades, mas o tolo é descuidado e age sem pensar” (Pv 14:16).
Ou como a mulher tola que destrói a sua vida conjugal por causa dos erros e pecados do marido, deixando de lado a sabedoria necessária para enfrentar o problema com fé, oração e a convicção de que só Deus é poderoso para libertar, restaurar e salvar o seu marido:
“Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derruba-a com as suas mãos” (Pv 14:1).
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