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Espelho d'alma

Espelho d’alma Princípio da sobrancelha: uma pessoa não pode enxergar a própria sobrancelha, mas o outro pode. Apesar do outro ter a capacidade de enxergá-la, ele não é capaz de tê-la, pois não faz parte dele. Alguém pode “achar” que uma pessoa precisa de ajuda, mas é necessário que a própria pessoa reconheça essa necessidade. Não é a convicção alheia que convence o outro das suas necessidades, mas são as próprias necessidades do outro que geram nele a convicção da necessidade de tratar das próprias necessidades. A pessoa é quem deve ter convicção sobre si mesma, e não o outro. O outro pode até atuar como um espelho para ela, mas jamais poderá convencê-la do que realmente precisa; é preciso uma oportunidade certa para fazê-la reconhecer que precisa de algo. Por mais óbvia que pareça ser a necessidade do outro, essa obviedade jamais será uma certeza, pois é preciso que o outro a reconheça como tal. O espelho sempre mostra a própria face, mas a face refletida nele está fora do corpo a quem pertence. Portanto, trata-se de uma realidade externa e efêmera que jamais poderá substituir a própria realidade interior que conhece as próprias necessidades quando chegam ao seu limite.




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